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Alasca, Estado 49

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John Muir no começo do seu livro "Travels In Alaska" diz 

 

"Para os amantes da natureza selvagem, o Alasca é um dos países mais maravilhosos do mundo. Nenhuma excursão que eu conheça ou alguma outra que possa ser feita na América Selvagem é tão maravilhosa e com uma abundância de nobres e novos cenários tão encantadoramente como o Alasca nos mostra."

 

Eu queria desde o começo quando a viagem foi idealizada, a busca de algo extremo, algo que nunca tinha sentido na vida.

 

Decidi viajar no inverno. No frio extremo que nunca havia sentido e enfrentado. 

 

Mas não fui sozinho, mais três exploradores participaram da jornada.

 

Quanto mais próximo nosso vôo vindo de Seattle se aproximava de Anchorage, mais era céu azul e um infinito branco de montanhas.

 

O primeiro contato com o frio, foi momento de ir no pátio da locadora e escolher o nosso carro. Foi um sopro gelado, quase em tom sarcástico como se estivesse dizendo "bem vindo, aqui sou eu que mando."

 

E manda mesmo. 

 

Mágicas acontecem em todos as trips, isso é uma matemática com 100% de acerto sem comprovação científica. 

 

E a nossa aconteceu na fantástica noite de 07/03/2017, "a noite que nunca acabou", na Baía de Seward, cidade de 3000 habitante, ao sul de Anchorage. 

 

Era uma noite clara, a lua iluminava as águas da Baía, ceu limpo, e -27ºC de temperatura. 

 

O frio não dá trégua. Nem a garrafa cromada com um  Bourbon para esquentar o corpo. E a alma também. 

Estamos na frente de um vagão de trem antigo da "Alaska Railroad" para nossa session noturna de videos e fotos para nosso Doc "Alasca, Trinta e Oito Abaixo De Zero -38ºC). 

 

Estamos em uma dimensão paralela, parece que um portal foi aberto para nós naquele exato microssegundo que vimos o vagão. 

 

Tudo tinha uma energia diferente, eu curtia cada movimento que eu fazia nesse ambiente hostil, prestava atenção nos meus passos na neve fresca, no suave barulho das águas e o quanto as montanhas a minha frente eram imponentes. 

 

Eu tinha o sonho de um dia tomar uma cerveja enfiada no gelo ao ar livre, como nos filmes.

 

Foi a melhor cerveja de todas, tinha gosto de sonho realizado. 

Agora estamos ao norte de Anchorage, tudo é muito mais selvagem, o sentimento de liberdade aumenta a cada milha percorrida quando adentramos o Denali National Park. O tamanho das montanhas na estrada impressiona, gera respeito. 

 

A paisagem é branca até perder de vista, mas os detalhes de alguns pinheiros cobertos de neve fa a experiência ser lúdica, do tipo de cenário que talvez você escutasse co,m tamanha perfeição se fossem das histórias que as avós tem o dom de nos contar. 

 

O silêncio do Denali é ensurdecedor, é um "deserto branco", onde só se escutava o click das maquinas fotográficas.

 

Eu gostava do barulho do pneu em cima da estrada coberta de neve. Acho que é barulho de aventura. 

 

Vamos dormir em Healy, cidade de 400 habitantes, colada no Denali. 

 

O hotel tem um daqueles bares clássicos americanos. 

 

Uma IPA e um double cheeseburger bacon, peça isso e nunca vai errar.

 

Ainda não é hora de dormir.

 

As Auroras Boreais estão lá fora, e como uma linda mulher misteriosa, ela pode aparecer e sumir a qualquer momento. 

 

Dirigir e caminhar na noite do Alasca, Denali a dentro,, foi como viver por alguns segundos a plena liberdade dos animais que ali moram. 

 

Não vi as luzes nessa noite, mas o cheiro de floresta ainda está fresco na minha mente. 

 

Subimos agora mais ainda para  norte, na rústica North Pole, colada na mais conhecida Fairbanks. 

 

Nossa casa fica na frente de um rio, congelado evidentemente e cercado de pinheiros. 

 

Em North  Pole vi um por-do-sol com uma palheta de cor rosa com varias tonalidades, se misturando em degrade pelo crespúsculo. 

 

Eram aproximadamente 02:00 da manhã, estava acordado esperando a chance de ver as Auroras.

 

Do lado de fora da casa, a tarefa de mudar alguma configuração na camera exigia tirar as luvas, eram 15 segundos onde o frio entrava pela ponta do seu dedo e ia cortando a pele subindo pelo braço. O termômetro marcava congelantes -38ºC. 

Foi então que o amigo e parceiro de filmagem falou para acendermos um incenso chamado "northern lights". 

 

Era o penúltimo dia e sorte nos sorriu. Na verdade ela dançou gentilmente em verde nos céus de North Pole e ainda dançam nos sonhos mais aventurados. 

 

O Alasca ensinou em 10 dias que a  aventura está dentro dos corações mais selvagens, daqueles que não se encaixam, se sentem deslocados e sentem saudades de um lugar que não sabem onde é.  Adoram olhar céu e as estrelas. 

 

Alasca para exploradores, não para turistas. 

 

 

Adriano Maffei Scatimburgo   

 

 

 

 

 

 

Teaser Do Documentário "Alasca, Trinta e Oito Abaixo de Zero -38ºC" | (Parceria Mundo Trip e K3 Produtora

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